- MONOGRAFIA DE SANTA MARIA -

 

        A lenda nos conta umas das histórias mais bonitas de amor, entre o guerreiro Morotinn e a Índia Imembuí, aqui em IBITORY - RETRAN - TERRA DA ALEGRIA, hoje a hospitaleira Santa Maria. É de fato histórico que Santa Maria, nasceu de um Acampamento Militar. Seu povo é culto e alegre.

ASPECTOS  GERAIS

        Centro Geográfico do Rio Grande do Sul Área: 1.737 Km2 Altitude média da sede: 113 m Temperatura média anual: 19,2º C Precipitação Pluviométrica anual: 1.700mm (média) Clima: subtropical úmido

NOTAS  HISTÓRICAS

        Em 1777, os reinos da Espanha e Portugal firmaram um convênio, denominado Tratado Preliminar de Restrições recíprocas, destinado a demarcar os limites entre suas possessões.

        Com este objetivo, uma comissão mista hispano - portuguesa atingiu, em 1787, o território hoje onde constitui o município de Santa Maria.

        Do acampamento, localizados nas proximidades da vila Boca do Monte, a expedição demandou o forte espanhol de Santa Tecla, onde se bipartiu junto à comissão portuguesa, assumindo a chefia da segunda subdivisão demarcadora o coronel Francisco João Róssio, que prosseguiu até atingir Santo Ângelo, em território das Missões Orientais.

        Em virtude dos desentendimentos havidos com o comissário espanhol Dom Diego de Albear, os trabalhos de demarcação foram interrompidos, retirando-se João Róssio, de Santo Ângelo, e estabelecendo acampamento em 1797, no arroio do Ferreiros, onde atualmente ergue-se a cidade.

        Após a retirada da subdivisão, cinqüenta famílias guaranis, constituídas de índios civilizados, agricultores e operários, procedente das Missões Orientais, ali se instalaram.

        Contando com uma boa posição geográfica, com excelentes pastagens e terras propícias à cultura de cereais, o povoado prosperou e já em 1812 era CURATO, sob a invocação de Santa Maria da Boca do Monte.

        A partir de 1828, com a chegada do 28º Batalhão de Estrangeiros, constituído de alemães assalariados para a luta contra orientais, intensificou-se o povoado da região.

        Vários militares após a dissolução radicaram-se em Santa Maria, atraindo colonos de São Leopoldo e imediações, iniciando o ciclo germânico de colonização, que muito influiu para o desenvolvimento da comunidade.

        Em 1835, Santa Maria apresentava aspectos de progresso e prosperidade; em toda sua área existia mais de 100 estabelecimentos pastoris.

        Em 1857, Santa Maria foi elevada à vila, correndo a instalação do município em 1858. Adquiriu a vila, foros da cidade, em 1836. O município foi criado em 16 de dezembro de 1857, e instalado em 17 de maio de 1858.

        A população do município participou de vários acontecimentos históricos nacionais, entre os quais: A Guerra contra Rosas, a do Paraguai e a Revolução Farroupilha, quando se travou em seu território a batalha da Porteirinha.

FORMAÇÃO   ADMINISTRATIVA
E  REPRESENTAÇÃO  POLÍTICA

        O distrito foi criado em 17 de novembro de 1837 pela Lei Provincial nº 66 e o município, em 16 de dezembro de 1857, pela Lei Provincial nº 400.

        Possuímos 21 vereadores. (02/10/2016)

  ASPECTOS  FÍSICOS

        Situado na meso-região do oeste gaúcho e na micro região de Santa Maria o município de mesmo nome, com área de 1.737 Km2, limitando-se ao norte pelo município de Itaára, Júlio de Castilhos e São Martinho da Serra, ao sul pelos de São Gabriel e São Sepé, a leste pelos de Silveira Martins, Restinga Seca e Formigueiro, ao oeste pelos de São Pedro do Sul e Dilermando de Aguiar.

        A sede municipal, a 113m de altitude, tem sua posição geográfica determinada pelo paralelo de 29º 41’ 24’’ de latitude sul em sua intercessão com o meridiano 53º 48’ 42’’ de longitude oeste.

        Localizado na depressão central do Rio Grande do Sul, seu relevo apresenta três feições.

        A primeira é das planícies aluviais, modelada em sedimentos quaternários, com uma topografia plana e sujeitas a inundações.

        A segunda corresponde à área das coxilhas, modeladas em rochas sedimentares triássicas, constituídas por colinas alongadas, com uma topografia suavemente ondulada. As principais coxilhas são: Pau Fincado, Bonita, Santa Catarina e Pinheiros.

        A terceira feição é a do relevo modelado em rochas basálticas, com elevação de topo aplainado e com patamares nas encostas.

        É a região serrana, cuja escarpa festonada é um prolongamento da Serra Geral, conhecida pelas denominações locais de Serras de São Martinho e do Pinhal. A altitude oscila aproximadamente entre 40 e 500 metros.

        A rede hidrográfica é constituída pelos rios: Vacacaí, Vacacaí-Mirim, que drenam para o rio Jacuí, e pelos rios: Ibicuí-Mirim e Guassupí, que pertencem à bacia do Rio Uruguai, complementam a hidrografia, numerosos arroios e banhados.

        Clima mesotérmico e úmido. A temperatura média anual é relativamente baixa, em torno de 19,2º C, com amplitude térmica cerca de 10,5º C. Seu verão é quente, com média das máximas em torno de 31º C e máxima absoluta de 41º C.

        De junho a agosto registram-se as temperaturas mais baixas, com média da mínimas diárias variam entre 0º C e 10,5º C, tendo sido já registradas mínimas absolutas em torno de -2º C.

        Conseqüentemente, seu inverno é bastante frio, sujeito a geadas não muito freqüentes ( 05 a 10 d/ano em média). Quanto ao seu regime pluviométrico, pode-se dizer que este Município é privilegiado tanto no que diz respeito aos seus totais anuais, normalmente 1.700mm, quanto à sua distribuição uniforme ao longo do ano, como também na regularidade intensiva e distribuição, tanto no tempo como no espaço.

        Sendo a necessidade ambiental durante todo o ano, este Município não apresenta estação seca e sem grandes excedentes hídricos, cerca de 700mm. A umidade relativa do ar é em torno de 80%.

        A cobertura vegetal primitiva do Município compreende dois tipos principais de vegetação: um, subtropical, herbáceo, graminópide - campo limpo, conhecido regionalmente por "campo de planície", e outro florestal, subtropical, perenifólio mesófilo, floresta subtropical, regionalmente conhecida como "Floresta da Bacia do Uruguai".

        Ocorrem, respectivamente, ao norte e ao sul do Município, áreas de contato com os "campos de cima da serra" e "campos da campanha", todas essas formações vegetais foram intensamente modificadas por atividade agropecuária, destacando-se o pastoreio em amplas propriedades com pastagens nativas e policultura.

        Ocorre no Município grandes manchas dos seguintes solos: ao sul, solos medianamente profundos, imperfeitamente drenados, muito suscetíveis à erosão, ácidos e com disponibilidade de nutrientes bastante variável mas, pobres em fósforo disponível (bunizem hidromórfico); na parte central e norte municipal, solos profundos, bem drenados, porosos, ácidos e pobres em matéria orgânica e na maioria dos nutrientes (podzólico vermelho - amarelo); ao norte, solo pouco desenvolvido, originados de rochas eruptivas básicas, ácidas e de baixa fertilidade natural (solos litólicos).

        Ocorrem ainda, em menor escala, outros solos, destacando-se entre eles os medianamente profundos, originados de rochas eruptivas básicas, modernamente drenados, ligeiramente ácidos e com elevados teores de minerais primários como fonte de nutrientes (brunizem avermelhado).

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